Hoje eu parei para pensar um pouco na minha vida e, na boa, pela primeira vez eu tive dó de mim. Não que minha vida esteja ruim, mas eu me tornei um cara que quando mais novo eu odiava. ‘tá, é difícil explicar, mas essa vida que estou vivendo não é a minha. Para falar a verdade, nem sei que vida é. Acho que ninguém mereceria uma vida dessas. Virei escravo da rotina, da normalidade, e eu nunca quis ser assim, nunca, nunca, mesmo.
É estranho, pois parece que tudo está em seu devido lugar, mas isso é só a minha mente querendo me enganar dizendo que está tudo bem, como aquelas pessoas que você vê com o sofrimento estampado em sua face, mas ela se engana dizendo a todos que tudo está bem.
Não que eu esteja sofrendo; de maneira nenhuma. Acho que, dependendo do sofrimento, seria até melhor. A minha vida não segue o rumo que eu queria para ela. Na real, isso acontece com todo mundo. Dependendo da idade e da pessoa, cada um chama de um jeito. Para alguns é crise de meia idade, para outros crise de adolescência. No meu caso, não sei nomear, pois não me enquadro mais em nenhum dessas duas faixas estarias e, devido ao sono de dois dias, não consigo me lembrar se existem outras nomeações para tal fato.
Para você que está lendo este texto, esperando que eu fale coisas pessoais bem estranhas, não vai acontecer; mas para você que lê esta * e não está nem aí para o desfecho e sim quer que acabe logo, bem, espere e verá às vezes sua vida pode estar refletida nessa loucura, uma loucura meio racional. Pow, que parágrafo mais sem noção. Não o leia, vá direto ao próximo.
Então, ano novo, e por que não uma vida nova? Todo ano novo tem alguém, bem inteligente por sinal, que sempre diz a mesma frase. É tão clichê, tão normal quantos as piadas de fim de ano e de Natal. Sei que você não quer que eu as conte, mas é o que dizem, né? Você no fundo já sabe, mas vai se surpreender achando que é uma das muitas coisas que você acha que sabe. Mas não é ano novo? Então tinha que ter algo diferente, mas estudo tudo como estudava antes, ano passado. Bem, você já ouviu essa frase nas inúmeras roupagens que ela tem. Mas aí eu te presenteio com outra frase, de alguém que com certeza absoluta foi mais inteligente que eu. Na verdade é um verso de uma canção do Renato Russo: “mudaram as estações. Nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu. Está tudo assim tão diferente...”. Você deve estar se perguntando o que essa parte da musica tem a ver, né? Aposto, mas é como diz o verso, a mudança não precisa ser significativa, tem que ocorrer com a gente, nós temos que ver essa mudança internamente, não nos teus órgãos ou meus, mas no nosso ser.
Talvez seja a hora de mudar e por favor, para melhor. Nós não podemos aceitar pouco nem mesmo exigir pouco de nós mesmos, porque somos sempre mais, somos especiais, somos uma vida que pulsa, capaz de mudar o mundo.
Eu às vezes me vejo perdido, ora me vejo preso, mas porque você se importaria com isso? Se fosse meu amigo, me daria conselhos, etc e tal, mas a vida só interessa ao dono dela. Lembre-se disso antes de fazer ou espalhar uma fofoca, por favor.
Mas isso aí, espero mudanças significativas nesse novo ano, que tudo possa se concretizar, que eu possa ser o “eu” que eu sempre quis ser e você também meu caro amigo ou minha cara amiga.
Eu sugiro que todos façam, na freqüência que julgarem necessária, um balanço da vida que vive. Será que é isso mesmo que você queria? O que te fez ficar assim? São tantas perguntas, mas pode ter certeza: você tem todas as respostas assim como eu.
Eu já procurei as minhas e já as encontrei. Aquela garota? Já não me importo mais. Ela nunca se importou comigo, é o melhor que faço para mim. Meu trabalho? Faço o meu possível, às vezes o impossível, mas tudo dentro dos meus limites. Uma hora o bem há de vencer. Na escola? Sigo em frente buscando o melhor para mim. Na faculdade? Tudo vai ficar melhor de agora para frente? Quanto ao resto, te garanto que eu teria muito para falar aqui. Por muita vontade de dormir, vai ficar só no meu balanço, como um memorando interno. Você não pode ver, enquanto vou escrevendo esse texto, os muitos erros bobos que estou cometendo. Isso é sono, então lá vou eu dormir.
E, por favor, seja o diretor da sua própria vida e dirija-a da forma que você sempre quis, não da forma da mentira que te impõem. Obrigado.
Até mais, Marcelo Flores 02/01/20111
domingo, 2 de janeiro de 2011
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