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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Aprenda com as crianças



Estranho, muito estranho. Acabei de dar pause no seriado que estou assistindo, porque a vontade de escrever esse texto falou mais alto. Geralmente eu sou assim, às vezes acordo no meio da noite com vontade de escrever, mas deixa pra lá. Não é sobre isso que quero falar. Prometo que depois faço um texto sobre isso.



Bom... Vamos ao que interessa. Nesse seriado que estava assistindo, os adultos, quando precisavam conversar com alguém, iam até uma criança recém-nascida. E eles olhavam os belos olhos azuis daquele bebê e se sentiam bem. Mas aí veio minha curiosidade e minha constatação sobre esses seres que todos amam: as crianças.



Não sei se vocês já repararam, mas elas levam consigo uma sabedoria que vivemos sessenta, oitenta, cem anos para aprender. Você deve estar se perguntando como, né? Eu sei, entendo. Será que perdemos esse tal conhecimento ao longo dos anos? Não creio que o perdemos, apenas deixamos de vê-lo a nossa frente. É como o controle remoto da TV bem na sua frente, mas que você não encontra.



Às vezes parece que o mundo está por acabar, nos vemos sem solução, sem salvação. Aí você sai na rua e encontra uma criança. Ela não sabe nada do que se passa com você e também não diz nada, já que você também não pediu a opinião dela, certo? Bom, é isso mesmo, mas aí você olha para aqueles olhos que exalam esperança. Se você a perguntar sobre guerra, ela não saberá te dizer. Ódio? Muito menos, ela nunca o sentiu. As crianças têm o dom de nos tranquilizar com o olhar, aquele olhar simples, lindo, com esperanças no mundo que está por vir.



Observe uma brincadeira de criança. Fatalmente elas, brincando, acabarão brigando, e brigando feio. Agora faça o seguinte, volte ao mesmo local, onde estão as mesmas crianças e repare como elas estão brincando da mesma forma, se amando da mesma forma, se respeitando da mesma forma e, dependendo, até brigando da mesma forma. Criança é assim. Ela não guarda rancor, ela não sente ódio. Aquele momento passa e ela já quer aproveitar outro. Nós adultos, não. Quando brigamos, odiamos. Ficamos dias, meses, anos sem nos falar. Pura bobagem. A vida é curta para sentir ódio do outro, para não conversar com tal pessoa, para não aprender o que ela tem a ensinar. Faça da vida uma brincadeira. Se brigarem hoje, volte amanhã para brincar novamente.



Crianças não têm preconceito. Elas não ligam se o amiguinho é negro, branco, amarelo. Ela não liga se o outro tem uma perna, um braço, ou usa óculos. Ela só quer brincar, socializar e fazer aquele momento valer a pena.



Sinceramente, temos muito que aprender com as crianças. Por mais que hoje pareça o fim, sempre tem o amanhã para um novo recomeço. Temos que carregar essa esperança no olhar. Temos que amar as pessoas pelo que elas são. Temos que respeitar as diferenças e conviver com elas. Esquecer o rancor e a infelicidade. Há sempre um novo dia para buscarmos o que queremos. Que sejamos como as crianças: simples, amorosos, sociáveis e com o olhar de esperança de quem hoje assiste, mas amanhã dominará o mundo.



Que me desculpem vocês, mas o seriado está bom, vou voltar a assisti-lo. Recado dado. Forte abraço.

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