Eu sempre acreditei que o amor era tudo. Hoje, vejo que parece que sempre estive enganado. Quando eu via que pessoas que realmente se gostavam não estavam juntas, eu me sentia mal por elas e as via tentando ser felizes com outros. Nos, filmes eu me sentia triste por não ter o final feliz que imaginava. Não sei como funciona a cabeça de cada um, mas achava que sabia como funcionava a minha e depois me vi perdido, por não entender a mim mesmo.
Uma vez escutei uma colega de sala falando com uma amiga sua que o amor não era tudo, que era preciso muito mais coisas, e então senti dó de seu parceiro. Hoje vejo que eu tenho dó da colega também, pois vejo seu esforço para tentar fazer feliz aquele que realmente gosta dela e que faz tudo por ela. Mas não há como ela ser infeliz, se existe alguém que faz tudo por sua felicidade. O outro, por estar junto, sente-se feliz também.
Não adianta somente amar alguém, se ele não tiver um mínimo de admiração. Ficar junto é a coisa mais difícil que existe. É abrir mão de ser apenas um para ser dois em todos os sentidos da vida, sempre confusa e conturbada, porém feliz, por poder aceitar tudo como é.
Alguns dirão que é puro egoísmo meu, outros vão dizer que é um modo de defesa, mas é uma forma que agora eu aprendi de ver as coisas: é mais fácil fazer feliz alguém que faça tudo para você ser feliz também, do que ser feliz com alguém que não sente nem admiração, nem vontade de estar junto de você.
A vida é complicada, o amor também. Só o sentimento em essência não é o mais importante. O importante é olhar nos olhos da pessoa e ver aquele brilho de quem realmente quer estar ali, que não seja simplesmente por amor, que seja por admiração, por vontade de fazer feliz, aquele ou aquela que lhe deixa feliz. Existem pessoas que têm medo de amar e outras que têm medo de serem amadas... Fazer o quê? É a vida que elas querem viver. Muitas com o passar do tempo vão ver como estavam enganadas, outras vão morrer céticas, pensando que tudo valeu à pena.
Algumas vão culpar a vida, tentando salvar o próprio ego da culpa de uma vida solitária, em que a solidão se faz presente em cada passo, em cada segundo.
È preciso abrir mão de muitas coisas para estar junto de alguém. Às vezes até mesmo do amor, e se assim tiver que ser, não verei a partir de hoje mal algum. Cada um sabe de sua vida e o que é melhor para si. Desde que nos atos haja sinceridade, respeito e vontades comuns, acho que tendem a ser perfeitos.
“Eu quero, mas não posso” não existe na minha visão, que se resume ao “eu posso, mas não quero”. Então seja feliz onde quiseres com quem quiseres e como que quiseres.
Não se pode correr a vida toda atrás de um objetivo que já nasce morto pelas palavras de uma pessoa que não entenda o que realmente está em jogo.
Muitas pessoas lerão essas palavras com a certeza de que são para alguém em especial. Para evitar ter que responder em separado, respondo aqui agora: esse é um texto escrito para mim, para o meu coração e para as pessoas que se sentirem tocadas por essas palavras, pelo fato de se sentirem como eu me sinto.
Mesmo que a vida passe rápido, o amor vai ficar, por mais que não tenha sido recíproco ou igualmente intenso entre as partes. Quem garante que as historias de amor de hoje eram tão intensas na realidade quanto se conta? Alguma coisa sempre se acaba perdida na história.
Ficar junto é a maior prova de amor, porque às vezes consiste em renunciar à própria vida para fazer alguém feliz e ser feliz de volta.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário